A alcateia é uma família e
Por um lado é patente um regresso às raízes do rap, às palavras mais duras e à provocação lírica e ao “egotrip” em temas como “Um a um” ou “XL”. Por outro, temas em que o formato de canção e o apelo da pop se consolidam e confirmam Jimmy P como um cantautor pós-moderno que não se prende a formas nem a fórmulas e tanto fala do amor e da família como aponta o dedo ao racismo ou critica a cultura de ostentamento e o vazio da sociedade. Música inspiradora que abre espaço a novas gerações e talentos como os de Agir, Wet Bed Gang, Domi, Loreta, Phoenix, Sílvia Barros, ao mesmo tempo que actualiza influências de soul/r’n’b e mergulha nas raízes africanas.
O resultado é uma viagem intrépida, emocionante, musculada e sensível. Ou seja, Jimmy P maduro e igual a ele próprio.